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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bancários voltam hoje ao trabalho

Os bancários do Rio Grande do Norte aceitaram as propostas dos bancos oficiais e retornam ao trabalho nesta quinta-feira, depois de duas semanas de greve por melhores salários e avanços no plano de carreira. Apesar de o Comando Nacional alardear conquistas nas negociações com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica, o Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte avaliava que a proposta ainda estava muito aquém do que desejam os trabalhadores, que esperavam um reajuste de no mínimo 11%.

Rodrigo SenaGreve criou problema para correntistas que queriam depositar dinheiro e para os que buscavam o setor de habitação da CEFGreve criou problema para correntistas que queriam depositar dinheiro e para os que buscavam o setor de habitação da CEF

Assim mesmo, a categoria acabou votando pelo fim da greve, segundo o sindicalista Marcos Tinoco, porque a maioria dos bancários estava votando pelo fim da greve em todo o  país, embora rejeitasse umas propostas e outras não dos bancos oficiais. “A gente volta ao trabalho com uma moção de repúdio ao governo Lula e sob protesto”, disse ele, depois do fim da assembleia da categoria, que ocorreu ontem à no

Ao longo dos 15 dias de paralisação, os maiores prejudicados foram os trabalhadores e empresários, que não tiveram como sacar seus salários ou FGTS, além de pagar contas com boletos superiores a R$ 1 mil, como aconteceu com a dona de casa Joselma Rodrigues. “Estou esperando há muito tempo para trocar um cheque e pagar a prestação do carro que é de R$ 2,5 mil”. Ela aguardava por atendimento na agência do Banco do Brasil da Avenida Rio Branco, na qual há um processo de triagem para atendimento ao público. Por dia de atraso no pagamento da parcela, D. Joselma paga R$ 30 de juros mais multa.

As propostas dos bancos oficiais aceitas sob protesto, em resumo é a seguinte: o Banco do Brasil propôs reajuste salarial de 7,5% sobre todas as verbas salariais (sem o teto de R$ 5.250,00 da Fenaban) e elevação  piso salarial para R$ 1.600, o que representa um aumento real de 8,71%, com correção de todo o PCS. Já a proposta da Caixa Econômica que foi aceita, contempla reajuste salarial seguindo a regra da Fenaban, de 7,5% em todas as verbas, também sem o teto de R$ 5.250,00.

O piso salarial da carreira administrativa (PCS de 2008) também vai para R$ 1.600, mediante aplicação de 10,19% sobre o valor da referência 201 de 31/08/2010.

Após conclusão do contrato de experiência de 90 dias, enquadramento automático dos empregados da carreira administrativa (PCS 2008) na referência 202 e dos empregados da carreira profissional na referência 802 de sua tabela.

Quanto a promoção por  mérito, os empregados com no mínimo 180 dias trabalhados em 2009 e em condições de serem promovidos em 31/12/2009 serão promovidos em uma referência a partir de 1º de janeiro deste ano.

Movimento chega ao fim em todo o Brasil

São Paulo (AE) - Depois de 15 dias de paralisação, os bancários aceitaram ontem a proposta dos bancos de reajuste salarial de 7,5% para quem ganha até R$ 5.250. Acima dessa faixa, a oferta é uma parcela fixa de R$ 393,75 ou a correção da inflação (4,29%), o que for mais vantajoso. Banco do Brasil e Caixa vão reajustar em 7,5% independentemente do salário. As agências devem voltar a funcionar normalmente a partir de hoje.

A proposta dos bancos inclui ainda reajuste de 7,5% para todos os benefícios. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também será corrigida em 7,5%, com exceção do limite individual da Parcela Adicional, em que o valor passará de R$ 2.100 para R$ 2.400 (14,28%). Para os funcionários da Caixa Econômica, a proposta é distribuir 4% do lucro líquido de maneira linear para todos os empregados.

Bragança Paulista, no interior de São Paulo, e Criciúma, região Sul de Santa Catarina, foram as duas primeiras áreas a aceitarem a proposta em assembleia. “Sexta-feira os banqueiros sentaram com os líderes sindicais e esgotaram esse assunto. Sabíamos que haveria um acordo”, diz uma fonte que participou da negociação feita na semana passada.

São Paulo, que reúne a maior parte das agências do País, foi a última região a avaliar a proposta em assembleia. Mesmo antes da decisão, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, já afirmava que a proposta dos banqueiros era “satisfatória” e sugeria que todas as assembleias aceitassem o reajuste. Cordeiro também disse que as agências devem funcionar normalmente nesta quinta-feira.

Até a decisão dos bancários, pelo menos 8,3 mil agências do País - de um total de 19,8 mil - estavam com as portas fechadas, segundo a Contraf. Trata-se da maior greve organizada pela categoria nos últimos 20 anos. fonte:Tribunadonorte

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