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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Garibaldi vê possibilidade de coligação com o DEM

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O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou ontem que a tendência - para a eleição municipal deste ano - é o PMDB aliar-se ao DEM em Mossoró e se possível em Natal.

O peemedebista destacou que não será surpresa para ninguém se ambas as legendas unirem-se em um maior número de municípios possível, já que a parceria advém de oito anos, durante a campanha estadual de 2006. Garibaldi destacou que o único obstáculo, no caso da capital, é o fato de o PMDB já ter um futuro [no que concerne ao primeiro turno] definido, já que tem a pré-candidatura do deputado estadual Hermano Morais, enquanto que os democratas ainda conversam com aliados afins para formatarem possíveis coligações. As declarações foram em entrevista ao Jornal da rádio 96 FM.

"Em Natal nós não temos nada acertado porque já dispomos de um pré-candidato, a não ser que tivesse o apoio do DEM para apoiar Hermano", assinalou Garibaldi, que continuou: "somente aí poderíamos pensar em uma aliança. Agora pensar o contrário seria retirar o nome de Hermano em função de outro nome apoiado pelo democratas e isso não se vislumbra no PMDB", completou.

Garibaldi Alves disse achar possível uma aliança entre peemedebistas e democratas ainda no primeiro turno da eleição. "O contexto que nos interessa é que democratas e peemedebistas caminharam juntos nas eleições gerais. Na municipal, nós temos a abertura para caminhar, agora há da parte do PMDB um compromisso com o lançamento de uma candidatura, o que eu reconheço que não leva entendimento fácil", emendou ele. O PMDB vai buscar apoio do DEM, ainda assim.

O ministro da Previdência lembrou que quando do lançamento da pré-candidatura de Hermano fez uma brincadeira coma governadora Rosalba Ciarlini que continha essencialmente o interesse no apoio do partido da chefe do Executivo ao representante do PMDB.  Ele observou que a democrata não estava preparada para o "gracejo" naquele momento e não chegou a sinalizar qualquer posicionamento. "PMDB e DEM não conversaram nem objetivamente e nem formalmente até em face dessas peculiaridades". Já em Mossoró, a ideia já consolidada no âmbito peemedebista é o apoio ao nome escolhido pela governadora do DEM. Em troca, a legenda do ministro Garibaldi Alves quer a indicação do candidato a vice na chapa.

"Não chegou para nós recomendação ou sugestão [do diretório nacional] no sentido de alianças. Mas admito plenamente que há uma tendência para haver aliança com o DEM e que no Rio Grande do Norte sequer há necessidade desse tipo de recomendação devido à aproximação já consolidada", enfatizou ele. O ministro afirmou que está animado com a candidatura de Hermano Morais, mas admitiu que o peemedebista tem um longo caminho para percorrer e chegar ao patamar do candidato que lidera as intenções de votos, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT). "A rejeição dele é baixa e isso nos anima", declarou o senador licenciado.

Oposição tem dificuldade na articulação

Não é somente a base aliada da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) que passa por dificuldades para formalizar alianças que contemplem o grupo inteiro de partidos parceiros. Em Mossoró, segundo colégio eleitoral do Estado, o PSB da pré-candidata Larissa Rosado insiste em convencer o PT e formar uma aliança já no primeiro turno da campanha. A tática agora se volta ao discurso de manter a base aliada da presidenta Dilma Rousseff (PT) unida em Mossoró, mas o principal obstáculo está exatamente no pré-candidato petista, o reitor da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), professor Josivan Barbosa de Menezes.

Ele afirma categoricamente que não concorda com a estratégia peessebista porque esta beneficia somente a candidata da legenda, que em Mossoró é liderada pela deputada Sandra Rosado (PSB).

"A base aliada nunca discutiu quem seria o candidato. A família (com relação à Sandra Rosado) já saiu da eleição passada sabendo quem seria o candidato em 2012. Como agora pensa em discutir com a base aliada?", questionou Josivan Barbosa, acrescentando: "os partidos aliados são no plano nacional. Aqui a coisa é diferente".

José Agripino defende entendimento

Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o senador José Agripino Maia defendeu que o grupo que compõe o arco de alianças em torno da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) no Rio Grande do Norte se apresente com candidaturas únicas em Natal e Mossoró, na eleição deste ano. O senador incluiu ao leque de aliados o PSDB, o PMDB e  legendas próximas politicamente aos democratas. O nome que poderia representar os governistas, no entanto, não foi externado pelo senador. "Quem senta à mesa para dialogar e buscar parcerias não pode chegar com um nome pronto", afirmou ele, ao ser indagado se o deputado federal Rogério Marinho, pré-candidato tucano (a sigla mais próxima dos democratas) já sai em vantagem.

Agripino não deixou pistas sobre a possibilidade ou não da legenda que comanda apresentar um candidato próprio em Natal ou Mossoró, mas no que concerne à capital deixou claro que "o partido pode ter uma candidatura própria e pode não ter". O tema, assegurou o  senador, somente se definirá em meados de abril ou maio.

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