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sábado, 21 de janeiro de 2012

Governadora dá incentivo para mineração do RN

parelhas fabrica fot Ivanizio Ramos 2 O Rio Grande do Norte consolida sua tradição no setor de mineração com a captação de mais empresas para o estado, principalmente através do apoio do governo do RN com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial – Proadi. E para prestigiar a mais recente ampliação no setor, a governadora Rosalba Ciarlini participou da inauguração da indústria Casa Grande Mineração, que aconteceu na cidade de Parelhas, região Seridó do RN nesta sexta-feira (20).

Com a instalação da nova empresa, no estado serão produzidos inicialmente 5 mil toneladas/mês de minerais industriais não metálicos, totalizando uma produção anual de 60 mil toneladas. O investimento feito na região foi superior a R$ 15 milhões, gerando 110 empregos diretos e mais de 300 indiretos.

“Continuo com minha política de trocar impostos por empregos, dando incentivos fiscais a quem realmente pode contribuir com o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O estado está despertando e retomando o seu lugar de destaque no mercado da mineração nacional. A perspectiva é que cresçamos cada vez mais através de melhorias em nossa infraestrutura e logística de exportação”, disse a governadora Rosalba Ciarlini.

Considerada a maior indústria nacional em moagem de feldspato, graças a parcerias com outras empresas do mesmo segmento, todo o processo de produção mineral, desde a pesquisa mineral, até a análise em laboratório do material, passando pela exploração e beneficiamento será feito no Rio Grande do Norte.

De acordo com o diretor-presidente da CGM, João Leal Nordeste, a empresa também contará com cooperativas locais de pequenos mineradores. “Além das 120 mil toneladas que seremos capazes de produzir quando atingirmos a capacidade máxima, teremos também a produção das cooperativas de Currais Novos e Lajes Pintadas aqui do estado e mais quatro cooperativas da Paraíba”, explicou João Leal. Ainda de acordo com João Leal, a mineradora desenvolve atualmente pesquisas junto à Universidade Federal do Rio Grande do Norte para o aprimoramento de novos produtos para a indústria cerâmica.

As matérias primas produzidas no estado servirão para produção de diversos segmentos industriais, como plástico, papel, borracha, PVC, tintas, creme dental, abrasivos, louça de mesa e sanitária, isoladores, porcelanato, pisos e revestimentos, entre outros.

Titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Benito Gama ressalta o potencial do RN no setor de mineração, que para ele tende a crescer cada vez mais. Ele lembra que a variedade de minerais no solo potiguar atrai o interesse de investidores. “A mineração vem para reforçar ainda mais o desenvolvimento do Rio Grande do Norte com a chegada de empresas para contribuir na geração de emprego e renda”, comentou.

Entre os minérios industriais não metálicos estão: Albita, Argila, Bentonita, Calcita, Caulin, Dolomita, Filito, Feldspato, Quartzo, entre outros. Um dos grandes diferenciais da CGM é um moinho industrial, único no Brasil, com tecnologia espanhola e alemã, com capacidade de moagem de até 10 toneladas por hora.
Para o coordenador de desenvolvimento mineral da Sedec, Fábio Rodamilans, “O Proadi é um incentivo do governo que gera emprego e renda e nesse caso específico está alavancando o setor de mineração do estado projetando-o para o cenário nacional, passamos de último lugar no Nordeste para o 6° colocado em produção de cimento por exemplo”, disse Fábio Rodamilans.

O coordenador explica que as empresas tem iniciado um processo de pesquisa acerca das potencialidade do estado. Segundo ele, só no último ano várias indústrias do ramo da mineração que já estavam instaladas começaram a efetivar pesquisas de aprimoramento da atividade do setor, bem como atividades de expansão. “Despontamos ano passado com o ouro, e iremos produzir de três a cinco toneladas, estamos voltando para o mercado. A aproximação do governo junto aos empresários foi um fator crucial para esta retomada”, explica Rodamilans

Localizada no Seridó, região rica em depósito mineral de origem cretácea, a CGM garante diferencial dos seus produtos, tais como: qualidade da cor elevada e baixo nível de impurezas. O produto extraído é armazenado em pátio, não havendo contato com possíveis contaminações. Outro grande diferencial da empresa é o laboratório, que conta com equipamentos de última geração, como o sedígrafo, equipamento para medição do tamanho de partículas e espectrofotômetro de absorção atômica.

A operação da matriz terá como grande foco abastecer o setor de construção civil, cercado de ótimas perspectivas trazidas por programas de habitação, grandes obras para a Copa de 2014 e a própria especulação imobiliária. Acreditando no potencial do mercado, o diretor-presidente da CGM, João Leal trabalha com a meta de crescer 50% nos primeiros cinco anos de operação. O investimento inicial de R$ 1,5 milhões foi aumentado em dez vezes, com a empresa aplicando R$ 15 milhões na fábrica.

SUSTENTABILIDADE

Seguindo uma trabalho focado no desenvolvimento sustentável, o protocolo assinado nesta sexta-feira (20) em Parelhas contempla também a conservação ambiental. De acordo com Gustavo Silagyi, diretor do Idema, a empresa deverá trabalhar com constante reflorestamento de áreas devastadas. “Está no acordo com a empresa o uso da madeira da algaroba na cadeia produtiva da mineração. A planta é uma espécie oriunda do Chile e é nociva para a vegetação nativa do Seridó. O replantio será feito utilizando espécies nativas como a catingueira, mufumbo, jurema, marmeleiro e outras”, explica Silagyi.

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