A importância da isenção de vistos para a entrada de estrangeiros no Brasil será debatida na Câmara dos Deputados no próximo dia 15 de julho. O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, confirmou presença na audiência pública, em reunião com o presidente da Comissão de Turismo da Câmara, Alex Manente.
O tema da flexibilização e isenção de vistos tem importância estratégica para o turismo. De acordo com estudo do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 91ª colocado na dimensão “Abertura Internacional”, em um ranking de 141 países. No subitem que avalia o percentual da população mundial que necessita de visto para entrar no país, o Brasil sobe, negativamente, para 102ª posição.
“O país está maduro para enfrentar essa discussão com profissionalismo. É um primeiro passo para revermos a política da reciprocidade que, na nossa avaliação é equivocada”, afirmou o deputado Alex Manente. O parlamentar ressaltou que as economias em desenvolvimento devem estar abertas para o turismo e investimentos.
Em maio, o ministro Henrique Alves apresentou proposta ao Ministério de Relações Exteriores de isentar os norte-americanos da exigência de visto para entrada no Brasil, por conta da proximidade dos Jogos Olímpicos. Na reunião, o chanceler Mauro Vieira firmou compromisso de analisar o assunto e lembrou que o Brasil tem acordo de isenção com 82 países. Atualmente, existem no Congresso Nacional diversos projetos de lei que tratam do assunto.
Durante a Copa do Mundo de 2014, o Brasil fez uma experiência piloto e flexibilizou vistos para os viajantes com ingressos para o mundial. Como resultado, 1 milhão de estrangeiros visitaram o país e cerca de 100 mil vistos especiais foram emitidos.
Mesmo com exigência de visto para entrada em território nacional, os Estados Unidos são o 2º maior mercado emissor de visitantes para o Brasil (592,8 mil em 2013), o que mais gasta (US$ 1.427,00) e mais permanece no país a lazer (20,6 dias).
Durante o mundial de futebol, quando a emissão de vistos foi facilitada, os estrangeiros gastaram US$ 1,4 bilhão do início de junho até o dia 23 de julho. O valor foi um recorde histórico.
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