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terça-feira, 13 de abril de 2010

DICA COM SEU MÉDICO VETERINÁRIO MAX

max INTOXICAÇÃO POR ALGAROBA (Prosopis juliflora)

MAL DA CARA TORTA

Prosopis juliflora (Leguminosae, Mimosoideae, conhecida como ALGAROBA), foi introduzida no Nordeste na década de 40. Atualmente há aproximadamente 150.000 hectares plantados com esta árvore na região semi-árida. Os frutos são utilizados como forragem, e podem ser consumidos no campo ou coletados para produzir rações para bovinos, ovinos, caprinos, suínos, aves e coelhos. Têm sido utilizados, também, para o consumo humano. A intoxicação no Rio Grande do Norte foi descrita em 1986, e que depois de 1992 o número de surtos aumentou e a morbidade chegou até 50% em alguns rebanhos. As favas da algaroba contêm alcalóides piperidínicos, mas desconhece-se se essas substâncias são responsáveis pela vacuolização neuronal (nervo trigêmeo), que é a lesão primária da intoxicação.

Em bovinos a doença ocorre após a ingestão de ração contendo no mínimo 50% de frutos de algaroba por um período de 3 meses (MENEZES 1998), ou seja, tem que comer muita algaroba. Os caprinos são mais resistentes e têm que ingerir concentrações de 60%-90% de frutos na alimentação por um período de aproximadamente 210 dias para apresentar sinais clínicos (TABOSA ET al. 2000).

Para evitar a intoxicação é necessário administrar rações contendo não mais do que 40% de favas de algaroba, principalmente se o período de administração é superior aos 60 dias.

Os sinais clínicos são: desvio lateral da cabeça durante a mastigação (Fig. A), magreza acentuada, flacidez de mandíbula, salivação, protrusão da língua (Fig. B), movimentos involuntários da língua, dificuldade em apreender os alimentos e atrofia do músculo masseter.

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