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segunda-feira, 10 de maio de 2010

CAS REALIZA AMANHÃ (11) AUDIÊNCIA SOBRE O AVANÇO DO 'CRACK' NO BRASIL

Rosalba Ciarlini A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, presidida pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), vai debater o aumento do consumo do crack no Brasil e suas conseqüências nesta terça-feira (11), às 9h. A senadora, que assumiu a vice-presidência da Frente Parlamentar Mista contra o crack, lembra que o consumo da droga é uma grave questão de saúde pública: “De custo baixo e com alto índice de dependência, o crack precisa receber das autoridades públicas um olhar diferenciado. É essencial que o legislativo discuta o tema e governo promova campanhas educativas e de prevenção para mostrar seus efeitos”, alerta Rosalba.

A pedido do senador Augusto Botelho (PT-RR), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública sobre o consumo do crack. Além de Augusto Botelho, também assinaram o requerimento de audiência os senadores Paulo Paim (PT-RS), Roberto Cavalcanti (PRB-PB) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN) que é presidente da CAS. A reunião está prevista para começar às 9h.

Para a audiência na CAS foram convidados os representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, do Ministério da Saúde, da Associação Brasileira de Psiquiatria, da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas e do Instituto Nacional de Políticas do Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo.

O crack começou a ser consumido por moradores de rua e por pessoas de baixa renda, mas hoje é cada vez mais comum entre usuários de todas as classes sociais. Pelos estudos recentes, o perfil do usuário de crack é de uma população de adultos jovens, de cor branca, com idade média de 27 anos, em situação de subemprego ou desemprego.

Dados indicam que no Brasil existem mais de um milhão de usuários. Pela última pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo, em 2005, 0,7% da população entre 12 anos e 65 anos dizia ter provado a droga, quase o dobro dos 0,4% registrados quatro anos antes. Dados policiais confirmam que o crack avança em todo o Brasil. No Distrito Federal, as apreensões da droga aumentaram 175% de 2008 para 2009 e o consumo ainda pode ser visto nas ruas, em plena luz do dia, em locais públicos. No Rio Grande do Norte, o consumo também cresce, constatou o Instituto Potiguar de Prevenção e Combate as Drogas.

O crack é um subproduto da cocaína, feito com cocaína em pó, dissolvida em uma mistura de água e amônia ou bicarbonato de sódio, com efeitos devastadores à saúde. No cérebro, a droga interfere como um neuro-transmissor químico, chamado dopamina, substância ligada ao prazer. E como o crack é inalado na forma de fumaça, ele chega ao cérebro muito mais rápido que a cocaína em pó. Além disso, para obter a produção final do crack são misturadas à cocaína diversas substâncias tóxicas como gasolina, querosene e até água de bateria.

Segundo o Ministério da Saúde, o uso disseminado do crack no mundo das drogas está relacionado a vários fatores que levaram a uma grave transformação, tanto na oferta quanto na procura. De um lado, o controle mundial repressivo sobre os insumos químicos necessários a sua produção – como éter e acetona – leva os produtores a baratear cada vez mais sua fabricação, com a utilização indiscriminada de outros ingredientes altamente impuros. Quanto mais barata sua produção, mais rentável é sua venda. Por outro lado, o crack representa para a população usuária de drogas um tipo de cocaína acessível, pois vendido em pequenas unidades baratas, em pedras, prontas para serem fumadas e oferece efeitos rápidos e intensos. Sua composição conta com uma quantidade imprecisa de cocaína, suficiente para que possa produzir efeitos fortes e intensos.

assessoria

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