A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, combateu hoje a ideia de fazer cortes de despesas públicas de custeio (educação, serviços de saúde) sem critérios, como os partidos de oposição têm proposto. Segundo ela, a redução de gastos tem que de ser feita com cuidado e analisando caso a caso.
“Todo mundo quer qualidade na saúde, na segurança pública, na educação, mas não se consegue isso sem investir. Isso não pode”, disse a ex-ministra, em entrevista coletiva após participar de sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Dilma acrescentou: “Não pode falar que vai acabar com área X, tem que buscar maior eficiência dentro delas. Fazer corte e ver o que pode ser mudado. Falar de forma genérica parece que fica um discurso que é reminiscência da crise do mercado absoluto. Naquela época não se investia em estrada, não se aumentava salário mínimo”.
Questionada sobre a posição do Brasil em relação ao Irã, Dilma defendeu a política externa do governo Lula e salientou que o país demonstrou seu compromisso com a paz ao fechar com o Irã e a Turquia um acordo para enriquecimento de urânio.
“Não demonstramos ingenuidade como dizem alguns. Buscamos efetivamente o diálogo, a paz e a construção de relações e que é possível fazer acordos e não levantar muros”, disse a petista. “A ação do governo brasileiro conduz à paz. Não vejo efetividade na política de sanção. Com ela, você prejudica o povo e nunca vi isso impedir governos de agir dessa ou daquela maneira.”
Assessoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário