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terça-feira, 23 de março de 2010

Henrique e Wilma reúnem-se para analisar quadro da sucessão estadual

Líder do PMDB está preocupado com possível isolamento do PMDB, caso TRE confirme parecer do Ministério Público Eleitoral que limita coligações
 
Enquanto aguarda o parecer do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) à consulta do Partido da República (PR) sobre as regras para as coligações proporcionais e majoritárias, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) vai se encontrar no início da tarde de hoje com a governadora Wilma de Faria (PSB) para analisar o novo quadro eleitoral.

O relator da consulta, o juiz federal Marco Bruno Miranda Clementino, só vai apresentar o voto à tarde, mas a previsão é que ele e os demais membros do TRE confirmem o entendimento do Ministério Público Eleitoral (MPE), contrário à formação de alianças proporcionais e majoritárias distintas.

De acordo com o posicionamento do procurador regional interino, Fábio Venzon, os partidos só podem fazer alianças proporcionais com legendas que integrem a mesma majoritária. A regra pode provocar o isolamento do PMDB, uma vez que o partido anunciou que não vai fazer coligação majoritária e, portanto, só poderá aliar-se a legendas que estejam na mesma situação.

Henrique vai tentar convencer a governadora a aceitar que o PR não se coligue com o PSB, deixando o partido do deputado federal João Maia livre para unir-se aos peemedebistas. Isso permitiria a formação de uma chapa forte, que praticamente garantiria a reeleição tanto de Henrique quanto de João Maia. Mas Wilma deve resistir a esse apelo, porque isso deixaria o PSB e o PT isolados na disputa majoritária.

O líder do PMDB vai argumentar que, caso o PSB não abra mão da aliança com o PR, aumentam as chances de os peemedebistas fecharem com a candidatura de oposição da senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Essa tese é defendida pelo senador Garibaldi Alves Filho, com quem Henrique mede forças pelo controle do partido.

Há a possibilidade ainda de o PMDB compor com o PSB, mas Garibaldi não dá sinais de que pode arrefecer da disposição de votar em Rosalba para subir no palanque de Iberê. A candidatura própria do PMDB também parece improvável a essa altura do campeonato.

Está dado o nó em torno do PMDB. Resta aguardar a definição do TRE para saber como se darão os novos arranjos que poderão redesenhar o quadro da sucessão estadual.
fonte: nominuto
 

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