Pages

quarta-feira, 24 de março de 2010

Wilma pode abrir mão do PR para evitar apoio do PMDB ao DEM

O deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) e a governadora Wilma de Faria (PSB) reuniram-se ontem à tarde, na casa da peessebista, para avaliar as consequências da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) – limitando as coligações estaduais – sobre a sucessão no Rio Grande do Norte. Henrique defendeu que os partidos da base aliada do presidente Luis Inácio Lula da Silva devem buscar uma alternativa para compor as chapas proporcionais.

Em resposta à consulta do Partido da República, a corte eleitoral decidiu que as alianças proporcionais só podem ser celebradas entre partidos coligados majoritariamente, ou entre legendas que não integrem composições majoritárias. Isso complicou a vida do PMDB, que pretendia não se aliar majoritariamente com nenhuma candidatura, acreditando que, assim, ficaria livre para fechar composições para deputados estaduais e federais com qualquer legenda.

Depois da divulgação do posicionamento do TRE, o senador Garibaldi Alves Filho emitiu uma nota dúbia, em que faz um convite velado a Henrique para apoiar a candidatura oposicionista da senadora Rosalba Ciarlini (DEM). Henrique, porém, sustenta que vai votar no vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB).

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados reafirmou seu apoio à candidatura de Iberê na conversa com Wilma. Após analisar todas as possibilidades, Henrique ponderou que a melhor alternativa é fazer uma composição entre o PMDB, PR e PV para a proporcional. Isso evitaria que o PMDB migre para o palanque do DEM.

O problema é que, para a estratégia dar certo, Wilma e Iberê precisam concordar em abrir mão do PR na majoritária, o que implicaria na perda parcial do tempo de TV dos republicanos na campanha eleitoral – tempo que seria redistribuído entre as todas as candidaturas majoritárias.

Um peessebista que testemunhou a conversa entre o deputado e a governadora contou que Wilma poderá concordar em perder o PR para “evitar um dano maior”, que seria uma coligação do PMDB com o DEM. Diante do risco, a governadora estaria conformada e convencida de que é preciso escolher o menor dos males.

Desta forma, a candidatura governista contaria apenas com dois partidos de peso na majoritária, que são o PSB e o PT. Além dessas legendas, outras siglas menores devem gravitar em torno da chapa encabeçada pelo vice-governador Iberê Ferreira, como o PPS, PHS e PRTB.

Nenhum comentário:

Postar um comentário