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domingo, 28 de março de 2010

Eleições 2010: Tempo de rádio e TV depende das coligações e número de deputados

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu as regras para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, para as eleições de 2010, por meio da resolução 23.191.

De acordo com a resolução, os tribunais distribuirão os horários reservados à propaganda de cada eleição, entre os partidos políticos e coligações, da seguinte forma: 1/3 do tempo é destruído igualitariamente e 2/3 proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados.

No caso de coligações, será considerado o resultado da soma do número de representantes de todos os partidos políticos quem integrem a mesma.

Garantir um maior tempo de fala no “comício eletrônico” pode fazer a diferença nas urnas, por isso, o horário eleitoral gratuito na mídia é disputado entre os representantes dos partidos, que fazem coligações pensando no espaço para a propaganda.

Nesse cenário, a disputa pelo apoio do PMDB é fundamental. O partido possui a maior representatividade na Câmara Federal, são 89 deputados. Logo em seguida aparece o PT, com 83 representantes. Depois o PSDB (66), o DEM (65) e o PP (41).

Na disputa para presidente, a aliança entre PT e PMDB garante um excelente tempo para mostrar a continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), representada pela candidatura prévia da ministra Dilma Rousseff (PT).




Na disputa para o governo do Rio Grande do Norte, o PMDB é a “noiva” mais disputada da vez. Após decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/ RN) de que as coligações proporcionais não podem ser diferentes das majoritárias, o partido ainda não decidiu com qual dos dois caciques vai seguir.

Se com o líder da legenda, Henrique Eduardo Alves, no apoio ao vice-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB). Ou se com o senador Garibaldi Alves Filho, que declara aos “quatro ventos” votar com a oposicionista Rosalba Ciarlini (DEM).

Caso perca o PMDB, PSB/ PT terão o tempo no rádio e TV reduzido. Os pessebistas possuem 27 deputados federais e o tempo dos peemedebistas, assim como dos petistas, é fundamental para divulgar as ideias de Iberê Ferreira. O tempo dos republicanos é, de igual modo, importante. O PR elegeu 25 deputados na última eleição.

Se a aliança entre PMDB, PSB, PT e PR vingar (somando um total de 224 deputados), essa coligação terá, a princípo, um tempo no rádio e TV expressivamente maior do que a coligação DEM e PSDB.

Por isso, o DEM de Rosalba Ciarlini faz questão do apoio do PMDB, que está dividido. Se resolver seguir com a oposição, o PMDB ficará desconfortável na relação com o PT, que não gostará nem um pouco de ver o tempo da legenda sendo usado pelo DEM para “falar mal de Lula”, ou mesmo de representantes da base aliada do presidente.

As convenções e escolhas dos candidatos se aproximam, assim como o registro das candidaturas. Na medida em que o tempo passa, os políticos vão negociando alianças. Nessa “feira”, o tempo da propaganda eleitoral no rádio e na TV, apesar de gratuito, custa “salgado”.

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