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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Goleiro Bruno e Macarrão chegam a local de audiência no Rio

Os dois desembarcaram no aeroporto às 10h45.
Eles respondem a processo em vara criminal na Zona Oeste.

O goleiro Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, réus no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, chegaram à 1ª Vara crimal de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio no fim da manhã desta quinta-feira (26). Antes, os dois foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal. Os dois ficaram pouco mais de dez minutos no IML, no Centro.

Eles foram transferidos de Minas Gerais para participar da primeira audiência marcada do processo em que são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza em outubro de 2009, ao supostamente tentarem fazer com que ela abortasse o filho que seria do atleta.
Os dois desembarcaram no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, às 10h45.

Os suspeitos saíram às 8h50 da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte e seguiram para o Aeroporto da Pampulha.

Bruno e Macarrão desembarcaram do avião vestidos com uniformes do presídio de Minas, mas depois voltaram para a aeronave e trocaram de roupa. Os dois seguiram para os carros da Polinter sem algemas.

Os réus foram deslocados para a 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, onde acontece, às 14h, a primeira audiência sobre o caso. Durante a audiência, serão ouvidas cinco testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público.

De acordo com a Polinter, os dois ficariam um mês presos no Rio, para oito audiências do mesmo processo. No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio não confirmou as outras sete audiências. O advogado de Bruno, Ércio Quaresma, também afirmou desconhecer as sete audiências. De acordo com ele, mesmo que fossem oito, os dois teriam que ser transferidos de Minas para o Rio em todas as ocasiões.

Réus não poderão receber visitas
Bruno e Macarrão não poderão receber visitas durante o período em que ficarem no presídio Bangu II. A informação foi dada na quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), acrescentando que os dois ficarão “em celas individuais e separadas”, e “não terão contato com os outros presos”.

“Essas medidas são adotadas em todos os casos de presos provisórios que ficam em unidades prisionais desta secretaria com o intuito de manter a integridade física deles uma vez que estes apenados não cumprem pena em nosso sistema”, disse a Seap, em comunicado, completando que “não há previsão do tempo de permanência desses presos uma vez que estes se encontram a disposição da Justiça”.

Entenda o caso

O goleiro Bruno é réu no processo que investiga a morte de Eliza Samudio. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza. Fernanda Gomes de Castro, namorada de Bruno, foi presa em Minas Gerais.

O goleiro Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Fernanda Gomes de Castro vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é o único que responderá por dois crimes. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os acusados negam o crime. As penas podem ultrapassar 30 anos.

A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Com essa medida, eles devem permanecer na cadeia até o fim do julgamento.
Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno. A jovem falou pela última vez com parentes e amigas no início de junho.

O corpo de Eliza não foi encontrado. Mas os delegados consideram a jovem morta. Todos negam envolvimento no caso.

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