Comandante Geral da PM, Ângelo Dantas, reforçou que policiais envolvidos com atitudes ilícitas representam uma minoria dentro da corporação.
A Polícia Militar realizou na manhã de hoje (5) uma coletiva de imprensa para falar sobre o caso dos 12 policiais militares que foram presos na operação Novos Rumos, deflagrada na última terça-feira (29). Além dos militares detidos, outros dois estão sendo investigados. De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Ângelo Dantas, os desvios de conduta são raros na instituição.
“A Polícia Militar do Rio Grande do Norte é uma das instituições mais antigas do nosso estado e de grande credibilidade perante a opinião pública. Esses desvios de conduta representam menos de 1% dos membros da companhia, que é formada por homens e mulheres sérias”, disse o coronel.
O comandante da corporação também ressaltou que os atos de corrupção não ocorrem apenas na PM e que outros setores da sociedade também sofrem com o problema. "Infelizmente, ao longo do tempo, não só aqui na Polícia Militar, mas também em outras corporações públicas acontecem esses desvios de conduta. Isso ocorre porque os órgãos são compostos por pessoas. Nós somos povo, somos cidadãos como qualquer outro. Nós viemos da mesma sociedade, então, esses possíveis desvios de conduta não podem ser atribuídos a nossa instituição”, argumentou Ângelo Dantas.
Sobre os policiais presos e supostamente envolvidos na operação “Novos Rumos”, o coronel ressaltou que não se pode julgá-los precocemente. “Não podemos condenar ninguém antes da sua sentença penal. Nós temos que ter cuidado para que não façamos juízo de valor antes do julgamento”, comentou.
Apesar de sair em defesa dos policiais, o comandante relatou que se eles forem culpados, serão punidos com rigor. “Medidas administrativas serão tomadas em relação a esse grupo de policiais. A nós cabe apenas puni-los no campo administrativo”, relatou o comandante.
Sobre os treinamentos de policiais, o coronel revelou que o tempo de capacitação dos militares vai aumentar. “O tempo de formação de soldados era de seis meses, porém, agora vai passar para um ano, pois o ano passado foi aprovada uma lei que regula a promoção de praças e aumenta o tempo do curso de treinamento”, revelou Ângelo Dantas.
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