O Projeto de Lei Complementar (PLP) 315/2016, defendido pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN – ganhou força em Brasília nesta semana, com aceitação do tema por deputados federais e governadores. O pedido de apoio aos deputados do RN foi feito pela Federação esta semana. O projeto trata de uma proteção aos gestores municipais para que não sejam penalizados pelas exigências na Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que esta não leva em consideração as perdas financeiras vivenciadas nestes dois últimos anos.
O tema é reivindicado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que sugeriu o texto ao deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), já protocolado na Câmara Federal na forma do Projeto de Lei Complementar (PLP). Nesta semana, o projeto também passou a contar com o apoio dos Governadores, que também vivenciam graves quedas de repasses da União para os Estados, e entendem que os gestores não podem ser responsabilizados pela frustração de receitas.
O Presidente da FEMURN e Prefeito de Assú, Ivan Lopes Júnior, classificou o apoio como importante: “É muito significativo que os gestores estejam ganhando os apoios. Esta legislatura tem sido muito difícil, dado as recorrentes quedas de receitas e frustrações. Ficamos felizes em contar com o apoio dos governadores, que vivem situação semelhante a nossa, e também dos deputados. Agora, vamos torcer que a matéria avance e que a causa municipalista obtenha essa vitória”, afirmou Ivan.
O texto propõe acrescentar artigo à Lei Complementar 101/2000 de Responsabilidade Fiscal (LRF) para que, excepcionalmente, gestores públicos que encerram mandatos em 31 de dezembro de 2016 não sejam penalizados pelo descumprimento dos limites de endividamento e de despesas com pessoal nos exercícios financeiros de 2015 e 2016; e nem pela inscrição em restos a pagar nos exercícios financeiros destes dois últimos anos. A justificativa do projeto explica que a não penalização desses gestores públicos é indiscutível, uma vez que os prefeitos do atual mandato vêm sendo, sucessivamente, surpreendidos por constantes perdas de arrecadação e com a inadimplência dos governos federal e estaduais no cumprimento de obrigações assumidas em relação ao repasse de recursos nas áreas de Saúde, Assistência Social e Educação.
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