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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

PMDB ADIA DISCURSSÃO DE CARGOS E QUER ANALISAR NOVO SALÁRIO MÍNIMO

Líder da legenda na Câmara nega discussão do mínimo tenha objetivo de pressionar a presidente Dilma Rousseff por cargos do segundo escalão.

Ao mesmo tempo em que decidiu jogar para fevereiro a discussão com o governo e a base aliada sobre a distribuição dos cargos do segundo escalão, a cúpula do PMDB avisou que não está convencida do valor do salário mínimo de R$ 540 para 2011, definido por medida provisória. O líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), fez questão de ressaltar que “uma coisa não tem nada a ver com a outra”.

A comunicação foi feita após uma reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente do Senado, José Sarney (AP); o presidente do PMDB, Valdir Raupp; o líder no Senado, Renan Calheiros; e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

“Queremos marcar, assim que possível, uma reunião com a equipe econômica do governo para que possamos ser convencidos ou convencer o governo de que esse ou aquele número é o necessário para um salário mínimo justo”, disse o líder.

Henrique Eduardo Alves destacou que o PMDB não é um partido que apenas apoia o governo, mas uma sigla comprometida com o Congresso. “O PMDB é para isso, não é apenas para carimbar. É para discutir, questionar, corrigir, aperfeiçoar”. Ele acrescentou que pretende dar celeridade à tramitação da matéria e a ideia é votá-la no máximo até o início de março.

Sobre as vagas que o PMDB terá direito no segundo escalão do governo, o parlamentar afirmou que o partido “sai desse processo” e aguardará o momento em que a presidenta Dilma Rousseff retomará as discussões. “O que queremos é diálogo, é respeito, é entendimento. Afinal, foi uma campanha de coalizão para ganhar a eleição e é um governo de coalizão para se governar.”

O líder disse que o adiamento dessas discussões foi posta, ontem, pelo vice-presidente na reunião do Conselho Político do governo e reafirmada hoje à cúpula peemedebista. Segundo ele, o processo de discussão dos cargos de segundo escalão, quando desencadeado “na hora própria”, terá como canal natural o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

Ainda de acordo com Eduardo Alves, a decisão de adiar a discussão sobre os cargos do segundo escalão do governo também visa a não contaminar a composição das presidências da Câmara e do Senado e de suas respectivas mesas diretoras e comissões. “A hora é de desarmar espíritos, ânimos, para que possamos construir”, ressaltou o peemedebista.

Agencia brasil

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