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domingo, 9 de janeiro de 2011

Setor de gás natural veicular espera recuperar mercado em 2011

Agência Brasil

Rio de Janeiro - O setor de gás natural veicular (GNV) brasileiro espera modificar este ano o quadro de expansão reduzida que experimentou nos últimos dois anos e meio, de acordo com o coordenador do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Rosalino Fernandes, em entrevista à Agência Brasil. “O crescimento do setor tem sido bastante prejudicado pela baixa competitividade do preço do gás perante combustíveis concorrentes, seja etanol, seja gasolina”, externou.

Segundo ele, o preço do gás tem se mantido o mesmo em todo o país, com algumas exceções, como no estado do Rio de Janeiro, onde o governo dá incentivos para o uso do GNV. “Isso faz com que o setor como um todo tenha uma posição positiva. Só que o positivo é diferente daquilo que nós vínhamos experimentando”.

O setor de gás natural veicular vinha crescendo a taxas entre 10% e 12% ao ano. Em 2009, cresceu apenas 3%, totalizando 1,6 milhão de veículos convertidos. “Até novembro de 2010, não chegou a 30 mil o número de novas conversões no ano”. A queda do ritmo de crescimento preocupa o IBP, uma vez que a média anual era de 85 mil a 90 mil veículos novos convertidos para usar gás natural veicular.

Para sanar a falta de conhecimento dos consumidores sobre o GNV, o IBP deverá promover este ano uma campanha de esclarecimento sobre benefícios e vantagens de se usar um combustível mais limpo e que proporciona melhor desempenho dos veículos. Segundo Fernandes, grande parte dos consumidores toma a decisão de usar um determinado tipo de combustível baseado no preço do metro cúbico do gás ou do litro de etanol ou gasolina. “Essa comparação não é correta”, advertiu. “Você tem que levar em conta o desempenho desse combustível relativamente ao outro. Não é somente o preço”, alertou o coordenador do comitê.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média de preços dos combustíveis praticados hoje no país é de R$ 1,545 para o metro cúbico de gás natural veicular; de R$ 1,827 para o litro de etanol e de R$ 2,598 para o de gasolina. Com base nesses preços, Fernandes revelou que o custo para o consumidor é de R$ 0,12 por quilômetro rodado com GNV e de R$ 0,26 com etanol. “[Motor movido à GNV] gasta a metade do que gastaria com etanol. Ele faz uma economia de 50% por quilômetro rodado”, destacou o coordenador do comitê do IBP.

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