Para o líder do Democratas, alegar “crime político” em plena democracia e em um governo do próprio PT é brincar com a opinião pública.
Em discurso na tribuna do Senado nesta segunda-feira (18), o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino (RN), criticou tentativa do Partido dos Trabalhadores de transformar as prisões de integrantes históricos da legenda em ato político. Agripino considera incabível e uma ofensa à opinião pública a justificativa do PT de que os presos pelo escândalo do mensalão são “presos políticos” já que eles foram condenados por crimes comuns na administração pública, como corrupção ativa, passiva, peculato e formação de quadrilha. “Crime político? Em uma democracia e em um governo comandado pelo próprio PT? É querer brincar com a opinião pública”, disse o parlamentar.
O líder da oposição também criticou a expressão utilizada por petistas ao serem presos de que “a luta continua”. “Aquele gesto do braço erguido com o punho fechado, tenha paciência. Disseram que se sentiam prisioneiros políticos, em um regime democrático, em um governo comandado por eles? Todo mundo tem direito a se exasperar, mas agredir a lógica, o ato racional em cima de pressupostos que não são democráticos, tenha a santa paciência”, finalizou.
Novos pedidos de prisão podem sair a qualquer momento, como do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), delator do esquema, dos deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), e dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Bispo Rodrigues (PR-RJ).
Na última sexta-feira (15), dia da Proclamação da República, 12 dos 25 condenados pelo mensalão tiveram suas prisões decretadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Entre os presos estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares - além do operador do esquema, Marcos Valério
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