Cerca de R$ 13 bilhões no Orçamento da União de 2014 afastam as Forças Armadas do montante considerado ideal para o investimento necessário em defesa nacional. Foi o que revelou o deputado federal Felipe Maia (DEM), no plenário da Câmara, nesta quinta-feira (14).
Segundo o parlamentar, os recursos destinados nos últimos anos ao Exército, Marinha e Aeronáutica não são suficientes, comprometendo a Estratégia Nacional de Defesa. A pasta apresenta gasto elevado com pessoal, destinando quase 70% do Orçamento para este fim. Desta forma, impossibilita a aquisição de munição, a construção de navios e a compra e modernização de aeronaves, dentre outros investimentos.
Ainda de acordo com o democrata, representantes das três armas se reuniram recentemente no Congresso Nacional e solicitaram um acréscimo de R$ 7,45 bilhões no Orçamento de 2014 por meio de emendas parlamentares. A justificativa do pleito se baseia na necessidade da compra de combustível para carros e aviões, além de a quantia ser fundamental para garantir a segurança da área do pré-sal brasileiro.
“Tive a oportunidade de conhecer o programa do Brasil na Antártica e de acompanhar como funciona a Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex) que está acontecendo no Rio Grande do Norte. Dessa forma pude ver a importante atuação das Forças e a necessidade de investimento na defesa nacional. Assim como a Marinha necessita de recursos para a reconstrução da Estação Antártica, a Aeronáutica precisa de novas aeronaves para monitorar nosso espaço aéreo”, destacou Felipe Maia.
A Defesa do país avaliou como mínimo necessário para o próximo ano o valor de R$ 29 bilhões. No entanto, as Forças poderão contar com pouco mais de R$ 16 bilhões. O Exército necessita de R$ 21,1 bilhões, mas receberá R$ 5,8 bilhões. A Marinha requisitou R$ 12 bilhões e contará com R$ 5,5 bilhões, já a Aeronáutica solicitou R$ 8,8 bilhões e apenas R$ 4,8 bilhões serão investidos.
“As Forças Armadas parecem não ser vistas como questão de estratégia pelo governo federal. O ingresso de armas e drogas e tantos outros crimes que acontecem em nossas fronteiras poderiam ser evitados se houvesse uma maior aplicação de recursos na defesa. A falta de investimento neste setor deságua em uma sensação de insegurança nacional”, frisou o parlamentar.
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