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segunda-feira, 19 de abril de 2010

AGRONOMIA Aula de campo explora potencial do semiárido

UFERSA Os estudantes do primeiro período do curso de agronomia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido estão tendo a oportunidade de conhecer as potencialidades da região do semiárido. A ideia do professor da disciplina Introdução a Agronomia, Josivan Barbosa, é mostrar a viabilidade de produção mesmo diante das especificidades da região que tem 94% de sua vegetação formada por caatinga.

Um exemplo, visitado in loco pelos estudantes, foi o perímetro irrigado da região de Mossoró, Baraúnas e parte da Chapada do Apodi, nos estados do Rio Grande do Norte e ceará. O que estudantes observaram será transformado em relatórios num estudo mais aprofundado sobre cada tema.

Para a maioria dos alunos, era difícil imaginar que houvesse na região do semiárido um verdadeiro celeiro produtivo com abundância de frutas voltada para o mercado externo. Graças à agricultura irrigada, dezenas de fazendas têm se destacado com uma cadeia produtiva de alto padrão tecnológico que envolve a produção de sementes, o plantio, a colheita e o transporte para o mercado internacional.

A W.G. Fruticultura, de propriedade do produtor mossoroense Wilson Galdino, é destaque na produção de mamão, sendo o maior produtor da fruta na região para o mercado externo, totalizando uma área de plantio superior a 400 mil hectares e sendo responsável por mais de 600 empregos diretos em plena região do semiárido. A W.G. Fruticultura conta com mais de dez fazendas espalhadas nos municípios de Baraúnas, Quixeré e Limoeiro do Norte, as duas últimas no estado do Ceará, tendo como cenário a Chapada do Apodi.

Também é no semiárido cearense, bem próximo a divisa com o Rio Grande do Norte, que vamos encontrar a Fazenda Ipioca, com uma produção de cana de açúcar superior a 5 mil hectares. A marca, consagrada como produtora de cachaça, tem mercado garantido com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 120,00, o litro.

Durante a aula de campo, os estudantes de agronomia tomaram conhecimento que não foi por acaso que a segunda maior empresa de fruticultura do mundo, a Del Monte, com sede em Miami, nos Estados Unidos, há uma década se instalou no município de Quixeré com excelentes resultados na produção de frutas tropicais.

A abundância de água em baixa profundidade, cerca de 150 metros, e o solo argiloso da região, de alta fertilidade, têm demonstrado a viabilidade econômica do semiárido nordestino. A empresa é a que mais emprega engenheiros agrônomos se destaca no cenário internacional com a grande produtividade de melão e banana.

É na Chapada do Apodi onde estão os pioneiros da fruticultura. Fazenda Frota, Berça, Leomar, Frutacar são alguns exemplos de empreendedores que conseguiram êxito com a produção de frutas.

Os estudantes, ao ouvir as explicações do professor Josivan Barbosa, não poderiam imaginar que o Rio Quicheré foi durante muitos anos considerado o maior rio seco do mundo, realidade modificada com a construção da Barragem Castanhão e que passou ofertar água abundante para pequenas, médias e grandes propriedades agrícolas.

“A qualidade do solo que é propicia para a agricultura, aliada a grande oferta de água através dos canais de irrigação são bambeadas para a Chapada do Apodi beneficia todo o Distrito Jaguaribe/Apodi”, explicou o professor. No DIJA se produz atualmente mais de 10 tipos de frutas, além do cultivo de milho e feijão. 

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