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domingo, 25 de abril de 2010

Wilma e Fátima reagem às declarações de Serra

Wilma1 Os aliados do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) no Rio Grande do Norte classificaram de “delírio pré-eleitoral” as declarações do pré-candidato à presidência da República, José Serra (PSDB), durante visita a Natal na quinta-feira (23). A ex- governadora Wilma de Faria (PSB) disse que o tucano esqueceu de informar algumas questões importantes, quando mencionou as ações que o fizeram crer ser o homem público que mais fez pela região Nordeste. Ela se refere à criação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), em 1998, quando ambos eram deputados constituintes. José Serra disse que foi co-autor do FNE. “Há uma contradição nas afirmações do ex-governador. Ele não falou que à época foi aprovado inicialmente a tributação do Petróleo, quando ele era presidente da Comissão de Tributação, e que beneficiava a região Sudeste. Quando passou para as discussões do FNE, ele não apareceu sequer nas reuniões. Essa foi uma vitória dos deputados do Norte e do Nordeste que se uniram para tornar esse projeto em realidade. Ele nunca se importou com nossos pleitos”, atestou Wilma de Faria.
A ex-governadora comentou também o fato de José Serra ter dito que a Petrobrás produziria barrilha “na moleza”, referindo-se a um possível ressurgimento da Ácalis do Rio Grande do Norte S/A (Alcanorte). Wilma de Faria enfatizou que a condição atual da Alcanorte teve nascedouro na gestão do então governador José Agripino Maia (DEM), que teria sido o responsável pela privatização da empresa, em 1992. Os recursos investidos pelo BNDES, da ordem de 150 milhões de dólares foram, segundo a ex-chefe do Executivo Estadual, “jogados no lixo com brinde a custo zero, quando entregue ao grupo carioca Fragoso Pires”. “Serra deve ter deixado José Agripino constrangido, já que falou isso ao lado dele”, ironizou a ex-governadora.
A deputada Fátima Bezerra (PT)  foi além e disse que o pré-candidato do PSDB veio a Natal “delirar em vez de prestar contas do governo FHC, que assim como Lula ficou oito anos no poder”. A petista também se ressentiu de ter José Serra “sido acometido por esquecimento quando direcionava críticas aos governos Wilma e Lula da Silva”. “Quem não se lembra do viaduto de Parnamirim, a BR-405, a ponte de Jucurutu, enfim, uma infra-estrutura rodoviária detonada que eles deixaram? O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante já se arrastava há sete anos na gestão deles. Ele era ministro. Porque não enviou um tostão para cá? Agora nós estamos fazendo e ele vem criticar?”, rebateu Fátima.  Ela lembrou também do processo de sucateamento das Universidades Públicas na era FHC e disse também achar estranho quando ele menciona atrasos nas obras da barragem de Oiticica. “Começou com eles também e não fizeram coisa alguma?”, disse.

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