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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Mineiro defende Lula e reafirma pré-candidatura de Fátima ao Governo do RN

Em pronunciamento na sessão da terça-feira (10) da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) criticou as “teclas de aluguel” da imprensa potiguar que “se aproveitam dos acontecimentos nacionais para dizer que a senadora Fátima Bezerra [PT] irá desistir da pré-candidatura ao Governo do Estado”.

Para Mineiro, ao contrário desses boatos, os fatos recentes, referindo-se à prisão injusta do ex-presidente Lula, “reforçam nosso projeto em nível local”. Ele enfatizou que as notícias plantadas são “absolutamente falsas”.

“A senadora Fátima, no momento que nós decidirmos de acordo com a nossa tática, vai apresentar seu nome como pré-candidata a governadora do RN. Por mais que os adversários desejem que ela desista, por mais que as teclas de aluguel plantem mentiras em seus blogs e portais, quero reafirmar que ela será nossa candidata ao Governo do Estado”, ressaltou.

Mineiro desafiou os que querem derrota-la a tentar fazer isso “nas urnas, no voto, na política”, mas não com mentiras, “porque não vão poder inventar processos para prendê-la e impedir sua candidatura”.

Ele afirmou que a pré-candidatura de Fátima está sendo construída “a partir do debate com os partidos que querem somar conosco na construção de um projeto para o RN”. Além disso, destacou que Fátima “apoia e tem o apoio de Lula”.

Para Mineiro, o que vai nortear esse projeto “é o enfrentamento a questões como o rombo fiscal, a falta de segurança e a crise hídrica, além de responder às questões da educação, saúde, juventude e mulheres, atendendo às demandas do nosso povo simples da cidade e do campo”.

Mineiro citou o PC do B e o PHS como exemplos de partidos com os quais o PT está dialogando com vistas a formar uma aliança em torno da pré-candidatura da senadora Fátima Bezerra. Além disso, ressaltou que o partido vai apresentar candidatos/as a deputado/a estadual e deputado/federal.

Em seu quarto mandato de deputado estadual, Mineiro é um dos pré-candidatos do PT a Deputado Federal. “Não adianta eleger governador/a e presidente/a sem um Legislativo forte, que não enfraqueça o Executivo”, ponderou.

Perseguição a Lula

Mineiro iniciou seu pronunciamento denunciando que a história brasileira “é marcada pela perseguição àqueles/as que lutam contra a injustiça social”. A afirmação fez referência ao episódio da prisão do ex-presidente Lula, no último sábado (7), em São Bernardo do Campo (SP).

Mineiro afirmou que essa perseguição “é a marca da elite brasileira” e que o ex-presidente, condenado sem provas, “é mais um a enfrentar essa estrutura atrasada”.

“Mas, diferentemente de outros momentos da história, dessa vez temos alguém com profunda ligação com o povo. A elite jamais vai compreender isso, porque não conhece o povo. Lula conhece porque é um do povo”, comentou.

Ele disse que o Supremo Tribunal Federal (STF), esquecendo seu próprio histórico, “tomou a posição de continuar a perseguição” ao ex-presidente ao negar o habeas corpus pedido pela defesa de Lula.

“A Suprema Corte cumpriu o roteiro traçado por um dos golpistas lá atrás, que afirmou que o golpe seria ‘Com o Supremo e com tudo’”, observou, numa referência à famosa frase do senador Romero Jucá (PMDB-RR), em conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre o “grande acordo nacional” para cassar a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT).

Mineiro registrou que o juiz de primeira instância não esperou nem a publicação do acórdão pelo STF para determinar a prisão de Lula.

“Mas os vitoriosos do momento não tiveram como levantar o troféu que desejavam, porque a foto que circulou o mundo não foi a imagem do ex-presidente algemado, mas sim do Lula nos braços do povo em São Bernardo do Campo”, ponderou.

Mineiro destacou que “Lula fez uma profunda transformação social no país”, o que nunca foi aceito pela elite nacional, que ele classificou como “reacionária, ignorante e inimiga da democracia”. “O ódio de classe permeia a história do Brasil”, arrematou.

Ele assegurou que a militância de esquerda, não só petista, “vai enfrentar esse momento de pé”, ressaltando que a razão da perseguição ao ex-presidente Lula é tirá-lo das eleições de 2018.

“Vamos enfrentar o fascismo, o ódio e o preconceito nas ruas, nas redes e onde for preciso. A Direção Nacional do PT se reuniu essa semana para reafirmar que o Lula é o nosso pré-candidato a presidente do Brasil. Vamos fazer a disputa junto com a sociedade”, enfatizou.

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