Caso não seja apresentada uma proposta considerada satisfatória, a categoria deve paralisar por uma hora o atendimento dos hospitais do Estado
Insatisfeitos com o rumo das negociações com a secretaria estadual de Saúde (Sesap), o Sindicato dos Médicos (Sinmed) ameaça endurecer a greve dos servidores nesta semana caso não seja apresentada nenhuma proposta satisfatória.
“Queremos, a cada dia semana, paralisar totalmente o atendimento de um hospital por uma hora”, afirma Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed. Segundo ele, a medida já foi implementada em outros movimentos grevistas da categoria e deu resultados.
Outra das ações dos médicos do Estado será a incorporação do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). “Esses são os médicos que fazem a análise clínica dos óbitos registrados nos hospitais. Normalmente são temporários e ainda não recebem bem”, explica Geraldo Ferreira.
A categoria pretende pedir o apoio mesmo dos profissionais que pretendem pedir demissão. Insatisfeitos com suas condições de trabalho, fisioterapeutas e profissionais do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estudam a possibilidade de pedir demissão, segundo informou o presidente do Sinmed. “Não podemos perder esses profissionais, que com certeza podem dar mais peso às nossas reivindicações”, completa ele.
Os médicos do Estado têm assembleia marcada para as 19h30 da noite de hoje (22), na sede do sindicato da categoria. Na reunião, discutirão os rumos da greve e eventuais propostas encaminhadas pela Sesap.
Histórico
Os médicos do Estado estão em greve desde 4 de fevereiro. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, , aumento no número de médicos por escala de plantão em cada unidade de atendimento e ainda reajuste salarial.
O salário atual de um médico que trabalha 40 horas semanais é de R$2.100, enquanto os que trabalham 20 horas semanais recebem R$ 1.050,00. A proposta da categoria é de que esses valores aumentem para R$ 5.000,00 (para 40 horas semanais) e R$ 2.500,00 (para 20 horas).
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