O número de veículos furtados ou roubados no Estado do Rio Grande do Norte aumentou significativamente nos primeiros seis meses de 2017, somente de Janeiro até Junho 4.220 registros foram feitos nas delegacias municipais e na Deprov (Delegacia especializada de defesa da propriedade de veículos e cargas). Os dados são da Coine ( Coordenadoria de informações estatísticas e análises criminais) que apontam também a recuperação de 56,8% desse total.
De acordo com o delegado titular da Deprov, Licurgo Nunes Neto a maioria desses roubos e furtos é praticada por quadrilhas especializadas em clonagem, desmanche ou criminosos que usam o veículo roubado para a prática de outras atividades ilícitas. "Com as investigações já conseguimos identificar dezenas de quadrilhas e com isso executamos operações que resultaram no fechamento de desmanches e na prisão de indivíduos envolvidos com clonagem principalmente de veículos de luxo", explicou.
O delegado ainda disse que boa parte dos veículos roubados é usada por delinquentes em outras investidas criminosas, por isso que muitos carros e motos são abandonados ou recuperados pela polícia, cerca de 2397. Perguntado sobre as razões para o aumento desse número nos últimos 180 dias Licurgo aponta três fatores, a deficiência no efetivo policial, a falta de investimento em operações de repressão e prevenção e o que para o delegado e a mais grave a flexibilidade das penas as quais são direcionadas a pessoas envolvidas em roubos e furtos de veículos. "A gente prende o infrator e quando menos esperamos ele é preso novamente mesmo condenado, geralmente cumprindo pena no regime semiaberto", destacou.
Os roubos e furtos de veículos se concentram na capital em bairros da zona Sul como Lagoa Nova, Capim Macio, Candelária, Nova Descoberta e Pitimbu. A média, de acordo com os registros é de 16 veículos furtados ou roubados diariamente somente na região metropolitana.
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